Será que vai chover?

É tão óbvia a resposta da vida às vezes. É difícil captá-la. Entender, aceitar e compreender certas coisas e mudanças que acontecem num piscar de olhos. Por que é tão estranho sentir certa paz interior? Por que não dá para simplesmente aceitar os planos simples da vida. Nada precisa ser eterno. O que acontece quando deixa-se de querer tanto? Simples. A gente passa a viver, observa tudo e não fica perdendo tempo com certas mesquinharias. Não falo em abandonar suas coisas, suas manias e seus caprichos ou algo que o valha. Falo de deixar, parar de contemporizar muito, de analisar tudo o que acontece, e o que não acontece e descobrir o exato motivo de...
Estar próximo do mar é algo que realmente faz muito bem. Deveras. As ondas sobem e descem, vão e vem, num movimento incessante, no entanto, não dá para saber exatamente o que vai acontecer, elas podem subir tanto a ponto de invadirem as ruas e as casas próximas da orla. E...

Transtorno bipolar

Taí uma doença bem moderna, que combina com a humanidade de hoje. Sinceramente, acho meio difícil não ter sofrido desse mal dilacerante pelo menos uma vez na vida, estando no mundo e na dimensão em que estamos. Acho totalmente válido chorar pela manhã e depois pular de alegria à noite, ou o contrário. Pode parecer óbvio para muitos, porém, acho que a maioria dos seres humanos ainda acredita na vida, gosta de respirar, e por menor que seja tem algum sonho que almeja realizar. Quando a gente cresceu num ambiente normal, ou mais ou menos, pelo menos, isso é, teve uma família, e tinha o que comer, foi à escola e houve alguma coisa para desfrutar, fica mais fácil tentar ser feliz. E a gente não costuma pensar sempre nas coisas ruins. Mas...nos dias em que vivemos agora, somos bombardeados. A cada esquina, uma ameaça, na banca de jornal, as vergonhas, as mortes, as perdas e as desilusões saltam aos nossos olhos sonolentos logo de manhã.
Na rua, cruzo com cães sarnentos, famintos, com uma vítima de guerra na capa do jornal, e com as escavações da cratera, a busca por uma sétima vítima. Até aí, eu estava chorando, quando de repente, chego no trabalho e resolvo dar uma repassada pela internet. Vejo algo bizarro e no mesmo momento já acho graça, um zé mané da moda da rua São Caetano rouba vasos de uma sepultura porque achou bonito, os bispos da Igreja da Farra Monetária Divina são libertados da cadeia com um chip de localização no tornozelo. Já estou gargalhando.
E o Fantástico passou a matéria sobre transtorno bipolar. Eu pensei, saquei, todo mundo está passando por isso em algum dia. Eu mesma sou capaz de ir do riso às lágrimas e juro que não é só meu talento artístico. São as miscelâneas da vida mesmo.
Tenho pensando muito no fim da camada de ozônio e da água no planeta, fora os maus tratos aos animais. Eu tenho medo do bicho homem. As pessoas ainda não realizaram que daqui a 30 anos ou menos não haverá água potável no planeta, nem nada que nos proteja de virarmos churrasco embaixo de um sol escaldante. A galera não sentiu o drama ainda.
Aí pronto, já me dá vontade de sair correndo e fazer alguma coisa. Acabei de descobrir que além da crueldade de matar os boizinhos, eles ainda soltam muito gás metano, ou seja, "eles fazem muito pum", e esse gás também colabora para destruir a camada de ozônio, caraca!
Os madeireiros estão acabando de desmatar o pouco que resta da Amazônia, e, enfim.
Me deu vontade de ser o homem elástico e abraçar toda a Amazônia, de ser super herói e poder libertar cada animal sofrendo, cada homem, e de poder de fato diminuir um pouco tudo isso. Pelo menos prolongar a vida do nosso belo e malfadado planeta, e consequentemente a minha vida também.

Intestinar!!

E não é que os bispos, reverendos, comendadores, usurpadores, e seguidores de Tim Tones, Estevam e Sônia, foram libertados por um juiz nos "Istaites", vulgo Estados Unidos...eles pagaram a fiança meio cara e saíram do xilindró.

Mas com uma condição, rs. Faz-me rir.

Eles estão usando uma tornozeleira com chip para que eles possam ser localizados facilmente. Se fosse eu, mandava "instestinar" os ordinários.

Putz, isso me lembra um filme trash de ação que vi, na década de 90, na época foi supimpa. Chama-se "A forteleza" com o Christopher Lambert, que já estrelou desde o Tarzan até o Highlander (adoro!). No filme, os presidiários eram obrigados a engolir um chip que se instalava no intestino. Se eles saíssem de determinado trajeto já estabelecido, o chip começava a vibrar e "intestinava", simplesmente explodia! O detento ía pelos ares. Um a menos!

Eita! Essa idéia devia pegar!

Speak serious....rs

Uma notícia bizarra. Mas...vindo de quem vem...dá para entender.

Ronaldo Esper, que se considera (só ele acha!ahh) grande estilista, é também ladrão chinfrin de cemitério. Sim! meus caros e poucos leitores. Ele foi pego achacando( rsrs!), ou seja, roubando, se apropriando, expoliando, um bem público no cemitério do Araçá, em São Paulo. Afffffff! Esper estava em plena luz do dia, ontem (19/01), roubando dois vasos de flor de uma sepultura. Segundo a assessoria do indivíduo, ele estava assim....suuuuper bem dando seu depoimento numa delega da região. Em nota oficial, mas nem tanto, o costureiro, tesoureiro e cleptomaníaco, alegou que tinha gostado dos vasos e resolveu levá-los. Ele deve ter usado para surrupiar um echarpizinho básico de cor neutra!

Bom. Então tá. Só me resta exclamar, AHAHAHAHAH, repito. Isso é caso para ser resolvido por amigo meu, personagem de uma das melhores novelas mexicanas feitas no Brasil, A Visigoda. O delegado Paranhos, ponta firme, assim diria ao meliante: - "Vai pro xadrez, viado doido de merda! Vai roubar cemitério na p.... q.... p......". O cara é de responsa.

Oásis nos desertos da dor

Finalmente algo aconteceu no reino das maravilhas dos bispos ricos, os donos da Igreja Renascer, ou, oops, do Banco de Investimentos Renascer. A sujeira é grande e bem remunerada. Mais uma instituição dedicada a explorar a fé e o desespero humanos.

O casal Sonia e Estevam Hernandes fundou a igreja "Renascer em Cristo" há vinte anos. Nesse período, o clã familiar acumulou 1,2 mil templos, e um patromônio avaliado em 19 milhões de reais, incluindo um haras com 200 cavalos e mansões no Brasil e em Miami. Só faltaram dólares na cueca do bispo Estevam. Ele preferiu tentar esconder alguns dólares na mala e alguns na bíblia. O casal doi pego esta semana tentando entrar nos Estados Unidos com 56 mil dólares, o que equivale a 120 mil reais. O dinheiro não estava declarado. Seria parte de algum ritual sagrado para lavar o dinheiro sujo? Ah ah, só rindo.

As santas doações são aceitas em cartão de débito, crédito e cheque pré. Os envelopes ficam em cima das cadeiras no salão de cada culto. Fé não tem prazo, mas tem preço. Segundo o Ministério Público, a família detém várias empresas que escoam o dinheiro arrecadado nos cultos. Uma verdadeira organização criminosa que transfere altas quantias por semana ou por mês. De 200 a 300 mil dólares.

Essas informações foram expostas no domingo à noite (14/01) no Fantástico, da Rede Globo, que entrevistou uma testemunha que trabalhou com o casal, além de ouvir depoimentos de ex-fiéis. Foram eles que revelaram que a "empresa" aceitava diversas formas de pagamento por seus "serviços". Se você não paga Deus pode não te abençoar como numa espécie de ameaça. Um ex-funcionário que tinha acesso a dados confidenciais contou que a família trocava o guarda-roupa todos os anos. Os entrevistados, obviamente não se identificaram.

O casal está preso em Miami aguardando que seu advogado, o Sr. Luis Flávio D´Urso, consiga um habeas-corpus que até hoje foi negado. A renascer emitiu nota à imprensa explicando que tudo não passa de um mal entendido, por um erro na declaração dos bens nos formulários da alfândega.

Se eles retornarem logo ao Brasil, muitos esclarecimentos os esperam: 110 processos e 12 milhões em dívidas, fora os 7 milhões que eles devem à Receita Federal. E eles custam caro, a fiança fixada pela justiça norte-americana é de 100 mil dólares. Por enquanto, eles ainda correm o risco de serem julgados onde estão, e por um juri popular.

O necessário

Tá na hora de começar, de decretar para o meu cérebro, e membros que não dá para esperar passar o carnaval e as águas já escassas de março. O meu "eu" tá batendo exaustivamente na porta. Certas coisas simplesmente assim o são, e não se pode negar o que se é de verdade. Sem querer numa cruzada de perna, num escorregão, e pimba! Lá está você sendo você mesmo. É isso aí.

Meu corpo carrega um cansaço e uma leveza que me são peculiares. Eu sou elétrica mas descarrego fácil. Meu alien interior vai sair para passear, tô nem aí. Consigo ir dos 20 aos 100 anos de idade num único dia.E quem não consegue? Querer tudo é nada. O lance é achar um sentido no momento. Hum...é, eu acho. Certeza pra quê? pffff. Eu quero achar o que deve ser achado, nada mais. O necessário, somente o necessário. Chega de explosões e excedentes, nunca sei o que fazer com as sobras.

Um lugar chamado tranquilidade
Onde fica?
É qualquer lugar
Vida
Não vou fugir mais
Uma noite de sono
Ausências e presenças
Ausência de medo
Presença de paz, um chamado
ouvi de longe
foi ela
me fiz de rogada até ontem
chega, to cansada, to atrasada
vou ao encontro dela

Ouvindo "The Hardest Part", do Coldplay.

Afffff

Olá, aos poucos que lêem: ainda não consegui linkar outros blogs ao meu por total ignorância informática e/ou falta de conhecimento de html. PelamordeDeus, segundo a Gabi, a linguagem usada no inferno, rsrs. Se alguém puder explicar, prometo que será solamente una vez!

Valeu!

Concerto particular

Estava eu no caminho para o trabalho e ouvi no rádio uma história muito interessante, inusitada. Tipo...esses momentos que te fazem pensar, pensar no significado das coisas. Me pegou num momento de nada, sentada dentro do ônibus. Lembrei que tinha um radinho e resolvi ouvir um pouco de música ao invés de me contentar com o ronco do motor do busão e dos meus devaneios constantes. Sintonizei na Eldorado Fm (ótema!). A assessora de imprensa Gilda Matoso, ex e última mulher de Vinicius de Moraes, acaba de lançar o livro "Assessora de encrenca", contando os "causos" dos mais de 20 anos de carreira. O caso que ela contou foi muito bom, e nada tem a ver com assessoria de imprensa.

Gilda contou que certa vez, na década de 70, ela, Vinicius, a sua filha, e o Tom Jobim foram passar o carnaval num sítio no Rio de Janeiro. Para tanto, Gilda contratou uma empregada que tomaria conta da menina e dos afazeres do casarão. Quando comentou com a empregada que ela ía trabalhar na casa de Vinicius de Moraes, a moça deve ter pensado que ía ter festa todo dia, uma loucura, ficou toda animada. Ela tinha comentado com Gilda que adorava carnaval, e que sempre pulava e tal. Todavia, a cabrocha se enganou. O sítio era um local silencioso, não tinha televisão, nem rádio, e todos dormiam cedo. Todos os dias bem cedo, Tom Jobim gostava de trabalhar, compondo, ou tocando alguma música. A empregada, muito carnavalesca, não suportou tamanha calmaria e pediu demissão para ir até a cidade brincar o carnaval. O comentário da empregada foi o seguinte: "Oh, Dona Gilda, eu não aguento mais esse homem de pijama cantando música triste todo dia, logo de manhã, vou-me embora". Ahhh, vejam bem: essa criatura tinha um concerto particular de Tom Jobim todo dia e nem se deu conta do que estava deixando pelo carnaval. Que coisa!

Janeiro

O que eu quero, o que eu procuro, não tem nome. Não tem um lugar, não se encontra embaixo de uma pedra e também não se explica. Talvez isso que eu procuro esteja em cima de uma montanha, muito alta, que ainda não tive coragem, nem resistência para escalar. Ou no galope daquele cavalo bravo que me derrubou. Talvez se chame atitude, ou melhor, altitude.
Tudo novo de novo, ânimo novo, fôlego novo.
Do jardim de inverno da minha casa, eu analiso as gotas da chuva que respingam. Elas me parecem perfeitas e estarão lá, apesar de qualquer coisa, elas me acalmam, algo assim. São transparentes, vagarosas em alguns momentos. Poderia ficar algumas horas ali, só olhando. Ás favas com as tarefas a serem cumpridas. Olhar a chuva que lavou 2006 e purificou 2007. Decidir a vida toda durante essa observação. Como se fosse assim...pffffff. A vida não se resolve, ela se vive, caramba! É claro.
O que eu procuro está dentro de cada gota de chuva, está na semente que brota no meu jardinzinho sem adubo e cresce viçosa, sem que eu ao menos ligue para a existência dela. Sem que eu menos me lembre de olhar meu jardim. Jardim esse que...nasceu sozinho e ali se mantém...eu nunca olhei pra ele...
O que eu quero...me disseram...está dentro do meu coração. Me disseram. Também ouvi dizer que o que eu quero não existe. Alguém me disse que existe uma centelha que Deus colocou no coração de cada um. Hummm...é. Mas será que ela pode brilhar e depois apagar?
Então, não tem nome. Não tem tempo. Não tem nada que pode explicar isso que eu procuro. Mas sei que está em algum lugar. Essa certeza que a gota da chuva tem, essa sensação que só quem já encontrou sente.
Sei que estou para encontrar.

Pode ser uma paixão, pode ser engajamento, um grande amor, pode ser uma canção, que a gente tem certeza que foi feita pra gente. Pode ser aquele olhar de quem olha e pensa de alguém, - como é perfeito(a). Pode ser uma mão, uma nuca, um pé de vento que bagunça o cabelo e te faz sentir uma diva, uma revoada de pássaros, um filme, perder e depois ganhar em dobro, uma fatia de pavê de chocolate, uma massagem, ou apenas....janeiro.