Wednesday, March 28, 2007

galera! Vamos chacoalhar o esqueleto antes de entrar na faca!!! Eu acho que dançar é bem melhor do que convalecer, vamo aê! Vejam só esse vídeo, é muito bom.

http://video.google.com/videoplay?docid=-7446412767396179138&q=body+by+dance+nike&hl=en

Em breve meu novo blog no wordpress, cá entre nós, achei bem fácil do que o blogspot.

Friday, March 23, 2007

"Miseré" sem fronteiras, e riqueza para poucos


Sem os médicos não têm fronterias porque é que a miséria deveria ter? Eu preferia que sim. Preferia que tudo que abusa, que faz a pessoa, eu, você, se sentir mal, tivesse fim. Que a falta de grana para o pastel de feita tivesse fim, queria que até o papel moeda tivesse fim. O escambo me parece bem mais justo e válido. Os mascates (sem trocadilho seus bobos!), faziam seu próprio horário, eram seus próprios patrões. Tá, eles não tinham garantia de nada, AAAHHHH. E quem tem? Se você não reza a cartilha do "eu abaixo e você pisa", você nunca sabe se vai levar um pé na bunda do patrão no dia seguinte. Qualquer manifestação de esponteidade pode ser crime, ou passível de punição. Diga-se de passagem, falta de pagamento do escambo.

Não sou contra trabalho e nem contra os patrões. Sou contra a miséria e a probreza sem fronteiras, inclusive a de espírito. Ainda bem que existem as pessoas que podem empregar e fazer essa máquina toda andar. Da forma que for.

Eu cansei de reclamar da vida, acho que isso também é muito fácil. Fora a energia que se dispende em perder tempo se lamentando ou tendo pena de si mesmo. Eu estou fora do "miseré" sem fronteiras, pelo menos na parte espiritual. A pobreza que compartilho com a humanidade se limita a não ter grana. De resto, acho que ainda consigo sair no lucro.

Tenho sorte em muitas outras coisas. E quer saber? Eu ainda chego lá, erhhh, lá. Eu sei lá onde? Lá, lá, onde eu serei parte do sol....brilhando...yeah!

É sexta, fim de semana.










Monday, March 19, 2007

Minha vida

Sempre gosto muito quando ouço esse poema transformado em música e na voz da Gal Costa. E em determinados momentos ele cai como uma luva. Avida, ela é tão bonita, pra mim, particularmente se trata dela. Da minha vida.

O amor
(Caetano Veloso e Ney Costa Santos sobre poema de Vladimir Maiakovski)

Talvez
Quem sabe um dia
Por uma alameda do zoológico ela também chegará
Ela que também amava os animais
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa

Ela é tão bonita
Ela é tão bonita que na certa eles a ressuscitarão
O século trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias

Agora vamos alcançar
Tudo o que não pudemos amar na vida
Com o estelar das noites inumeráveis

Ressuscita-me
Ainda que mais não seja
Por que sou poeta
E ansiava o futuro

Ressuscita-me
Lutando contra as misérias
Do cotidiano
Ressuscita-me por isso

Ressuscita-me
Quero acabar de viver
O que me cabe, minha vida
Para que não mais existam
Amores servis

Ressuscita-me
Para que ninguém mais tenha
Que sacrificar-se
Por uma casa, um buraco

Ressuscita-me
Para que a partir de hoje
A partir de hoje
A família se transforme

E o pai
Seja pelo menos o universo
E a mãe
Seja no mínimo a terra

Sunday, March 18, 2007

EU SOU TINHOSA


Domingo, quase meio dia, estou a algumas horas de entrar numa das filiais do inferno na Terra. Me acreditem, isso não é um exagero. É apenas uma alegoria para o entendimento da mais pura verdade. Estou aqui a pensar em tudo o que preciso fazer, olho para trás e vejo muitas coisas que deixei, o modo como agi e como quero mudar, como eu quero. Meu desejo de me transformar em alguém diferente, de inovar, de arriscar, de virar o jogo, é enorme, é o pouco combustível que ainda me resta. Fora, é claro, minha teimosia, meu sarcasmo e minha falta de disciplina. Tenho altos problemas com autoridade. Eu sou tinhosa e meus cabelos são de fogo.
O grande problema todo nasce dos meus sentimentos e do meu caráter. Para eu respeitar alguém, para aceitar que essa pessoa tenha autoridade sobre mim, tenho que admirá-la ou admirar algo que ela tenha feito. Preciso sentir que aquilo tem relevância, importância para mim ou para o mundo.
Agora, quando uma pessoa só sabe me mostrar que ela pode ou tenta mandar em mim, só porque ela tem dinheiro e porque conhece meia dúzia de famosos, e bem sucedidos (mais que ela!), desculpe, passe amanhã e fale com meu dedo, ou tente argumentar com a minha cachorra que é fiel e feroz. Ou, simplesmente, dane-se. Você que age, é, ou existe dessa forma, não é nada para mim. Não ligo para você, você não passa de uma dessas pessoas babacas que passam pela minha vida, e que eu esqueço no mesmo minuto. Ouço algo ridículo e não dou a mínima. Já tenho meu cérebro atormentado com coisas suficientes para dar qualquer crédito a você que gosta de aparências. De comer sardinha e arrotar peru, e gasta dez mil reais num relógio da marca Bulgary, ou que só pode passar bem usando Diesel, ou Fórum. Nada tenho contra usar essas coisas, contanto que você já tenha paz de espírito, um coração leve, esteja onde quer estar, e seja quem quer ser. Aposto que pelo menos dois desses ítens você não preenche.
Infelizmente tenho que encarar você todos os dias pelo simples motivo de que dependo do seu dinheirinho. É, ele é bem pequenininho como você, seu caráter, sua estatura e seu mundinho. Eu posso ser tudo isso, mas melhor. Mais tranquila e mais digna. Isso é meu projeto. Em andamento.
É fazer da minha casa, meu templo, do meu interior, meu refúgio, do meu cérebro, uma fábrica altamente produtiva, a que somente eu tenha acesso, não me venha incutir idéias chulas, frases que você leu em algum livro de auto-ajuda, ou na Vogue. Você é pior que uma formiga, a quem eu respeitaria mais. Não me venha dizer que eu sou boa e tenho valor, oh imbecil, porque eu tô sabendo disso desde que nasci, não me venha querer convencer que pisar nos outros é sinal de inteligência e esperteza, e que o seu amigo que é amigo que qualquer lambe-saco do governo vale alguma moeda furada. Você me dá nojo e a sua riqueza se baseia em um monte de lixo. Onde você chafurda ao acordar.
Por favor, tenha senso de humanidade e morra.

Saturday, March 10, 2007

Macambúzia


Esta semana estava batendo um papo com um amigo no msn, o Ina, e ele me disse que ao ler meu blog notou que estou um tanto "macambúzia". Adorei a palavra. Sabe aquela coisa de criança que quando aprende um palavra nova fica repetindo? Eu sou assim, rsrs. Me surpreendeu um termo tão propício no momento. Minha marida (pra quem ainda não sabe quem é...é a Gabi!)me disse também, certa vez, que sou gótica e ainda não sei, ou não sabia.
Segundo, meu pai-dos-burros, o Sr. Aurélio, de 1977, consta - macambúzio adj. Sorumbático, tristonho.
É, a coisa tá preta mesmo. Mas acredito que fases macambúzias possam ser de fato bem aprovetáveis. Ainda não descobri bem como, rs. Ao discorrer largamente a respeito durante madrugadas sem fim, em romances, sites, e em minha própria experiência, acho que para a verve artística não tem nada melhor. Não é um estado de deprê, de tristeza, é uma espécie de entropecimento, de constatação das verdades imutáveis e das outras coisas que mudam a cada segundo. O humor da gente por exemplo, pode ser como o clima de São Paulo, muda a cada meia hora. Acho que isso também pode ser bom.
Eu sempre pensei que havia uma linearidade qualquer na vida. Há alguns anos, poucos, descobri que não, e curti o fato.
Achei um tanto interessante, tirando o fato de ser uma duranga-kid (neo-pobre!, termo chique para quem não tem grana pro pastel de feira), eu gosto de pensar que tudo pode mudar amanhã e a vida é boa e cheia de possibilidades (oi!? quais?). Gosto de ir trabalhar no shopping Iguatemi, e usando chinelos, ou roupa rasgada, blusa amassada sem passar. É muito bom, todos olham para mim e eu adoro isso. Todos me olham como se eu fosse um animal fora de seu ambiente, ou em extinção, um mico leão dourado, uma arara azul, algo assim.
Ás vezes, gosto do mau gosto. Se eu tiver que comprar uma calça de marca, vou comprar uma Diesel da 25 de março, acho muito válido. E ainda daria uma vontade de mandar fazer uma etiqueta igual à da marca, e escrita em inglês: Twenty Five Trade Mark. Ía vender que nem água. Tô patenteando tá, espertinhos.






Thursday, March 08, 2007

8 de março

Hoje é Dia Internacional das Mulheres, que pataquada! Dia de mulher é todo dia. É sim. Toda mulher quer ser rainha todos os dias, mesmo que sem coroação, sem presente, sem flores, e sem nada. Nós somos assim, rainhas de pequenos e grandes reinos. Sempre ansiosas por grandes gestos, pela percepção de pequenos e importantes detalhes. Sempre prontas para rsolver, acolher e ver os desejos de todos preenchidos, depois pensamos em nós.
Às vezes, somos chamadas de egoístas, de volúveis, de consumistas. E daí? se eu for consumista? se eu for volúvel? Isso não me torna menos responsável, menos caridosa, nem menos perfeita do que sou, assim, como Deus quer que eu seja.
Sim, somos ávidas, por algo que nunca vem, a gente toca o barco, a gente segue, a gente tenta entender, tenta ser amada, tenta tirar leite de pedra. Sim, percebam...A gente ama, muito, tira leite de pedra, a gente compreende que cada é cada um, mesmo sem entender.
E o que eu vejo na internet, na tv e por aí, é a desigualdade, são homens ganhando o dobro em profissões exercidas em sua maioria por mulheres, a feminilização da pobreza. E vejo também mulheres vencedoras, presidentes de grandes corporações, campeãs olímpicas, donas-de-casa, mães, empresárias, secretárias, e felizes do seu jeito. Enfim, vejo de tudo.
E vejo uma reportagem que me faz ter náuseas, na Europa, na Espanha, as mulheres que lutam para ser toureiras. Na boa, tem muita coisa melhor para ser mostrada. Grande coisa, até aí, nunca deixei de achar que as mulheres pudessem fazer tudo o que um homem faz, e porque não? Mas, antes de a bela entrar na arena, o boi já foi espetado, e está sangrando, claro, até eu posso entrar lá e dar meu showzinho. Achei feio mostrarem isso na tv. Ela tá largando a carreira. Peralá, não é porque podemos que temos que nos masculinizar. Não sou feminista, tô fora, preciso dos homens. E como ! Legal foi a mulher que é limpadora de chaminés na Inglaterra, as pessoas se sentem mais tranquilas tendo uma mulher trabalhando dentro de casa do que um homem. Segundo, os entrevistados, as mulheres inspiram mais confiança e precisão no trabalho.
Não, esse post não é jornalístico e não vai listar dados estatísticos sobre violência, sobre empregos e sobre outras porcarias impingidas às mulheres nesse mundo. Esse post é sobre as mulheres sim, mas, sobre mim também. Sobre a capacidade de superar e seguir, que eu tenho e nem sei o quanto.

Ás mulheres. Á minha mãe, e às minhas amigas, e às minhas duas avós. Todas elas me dão e me deram os exemplos dos quais preciso para viver. E...continuar.