Saturday, March 10, 2007

Macambúzia


Esta semana estava batendo um papo com um amigo no msn, o Ina, e ele me disse que ao ler meu blog notou que estou um tanto "macambúzia". Adorei a palavra. Sabe aquela coisa de criança que quando aprende um palavra nova fica repetindo? Eu sou assim, rsrs. Me surpreendeu um termo tão propício no momento. Minha marida (pra quem ainda não sabe quem é...é a Gabi!)me disse também, certa vez, que sou gótica e ainda não sei, ou não sabia.
Segundo, meu pai-dos-burros, o Sr. Aurélio, de 1977, consta - macambúzio adj. Sorumbático, tristonho.
É, a coisa tá preta mesmo. Mas acredito que fases macambúzias possam ser de fato bem aprovetáveis. Ainda não descobri bem como, rs. Ao discorrer largamente a respeito durante madrugadas sem fim, em romances, sites, e em minha própria experiência, acho que para a verve artística não tem nada melhor. Não é um estado de deprê, de tristeza, é uma espécie de entropecimento, de constatação das verdades imutáveis e das outras coisas que mudam a cada segundo. O humor da gente por exemplo, pode ser como o clima de São Paulo, muda a cada meia hora. Acho que isso também pode ser bom.
Eu sempre pensei que havia uma linearidade qualquer na vida. Há alguns anos, poucos, descobri que não, e curti o fato.
Achei um tanto interessante, tirando o fato de ser uma duranga-kid (neo-pobre!, termo chique para quem não tem grana pro pastel de feira), eu gosto de pensar que tudo pode mudar amanhã e a vida é boa e cheia de possibilidades (oi!? quais?). Gosto de ir trabalhar no shopping Iguatemi, e usando chinelos, ou roupa rasgada, blusa amassada sem passar. É muito bom, todos olham para mim e eu adoro isso. Todos me olham como se eu fosse um animal fora de seu ambiente, ou em extinção, um mico leão dourado, uma arara azul, algo assim.
Ás vezes, gosto do mau gosto. Se eu tiver que comprar uma calça de marca, vou comprar uma Diesel da 25 de março, acho muito válido. E ainda daria uma vontade de mandar fazer uma etiqueta igual à da marca, e escrita em inglês: Twenty Five Trade Mark. Ía vender que nem água. Tô patenteando tá, espertinhos.






4 Comments:

At 7:20 AM, Anonymous Anonymous said...

Já te disse que te amo, hj?

Macambúzia ou não...te amo.

Sempre

(Desculpe se não costumo comentar, baby...mas sempre leio aqui.)

 
At 10:43 AM, Anonymous Anonymous said...

Excelente esse post.

Acho que a tristeza é cíclica, Gi, passa assim como a alegria. Chamamos de "impermanência".

Tb sempre tive o hábito de chocar as pessoas usando meu estilo, notadamente punk-gótico na época, em shoppings e lugares ricos e bem iluminados. Nada como ser a sujeira no sapato de quem não quer olhar pra tua feiúra.

Bom, na vida tudo passa, tudo passará. Ou não.

 
At 1:31 PM, Blogger Gisa said...

obrigada meu amor, por tudo que vc me dá. que bom que vc lê!

beijos
Gi

 
At 7:55 AM, Blogger Gisa said...

Olha Társis, eu sou ao contrário, nunca fui assim, mas hoje me sinto exatamente assim. Gosto de tudo diferente. E acho que sempre fui gótica de certo modo e não sabia. Aprendi a por esse lado pra fora com a Gabi.

Sacou nossa ligação né...veja o post dela hj, é um traço de Giseli.

rs

 

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