Transtorno bipolar
Taí uma doença bem moderna, que combina com a humanidade de hoje. Sinceramente, acho meio difícil não ter sofrido desse mal dilacerante pelo menos uma vez na vida, estando no mundo e na dimensão em que estamos. Acho totalmente válido chorar pela manhã e depois pular de alegria à noite, ou o contrário. Pode parecer óbvio para muitos, porém, acho que a maioria dos seres humanos ainda acredita na vida, gosta de respirar, e por menor que seja tem algum sonho que almeja realizar. Quando a gente cresceu num ambiente normal, ou mais ou menos, pelo menos, isso é, teve uma família, e tinha o que comer, foi à escola e houve alguma coisa para desfrutar, fica mais fácil tentar ser feliz. E a gente não costuma pensar sempre nas coisas ruins. Mas...nos dias em que vivemos agora, somos bombardeados. A cada esquina, uma ameaça, na banca de jornal, as vergonhas, as mortes, as perdas e as desilusões saltam aos nossos olhos sonolentos logo de manhã.
Na rua, cruzo com cães sarnentos, famintos, com uma vítima de guerra na capa do jornal, e com as escavações da cratera, a busca por uma sétima vítima. Até aí, eu estava chorando, quando de repente, chego no trabalho e resolvo dar uma repassada pela internet. Vejo algo bizarro e no mesmo momento já acho graça, um zé mané da moda da rua São Caetano rouba vasos de uma sepultura porque achou bonito, os bispos da Igreja da Farra Monetária Divina são libertados da cadeia com um chip de localização no tornozelo. Já estou gargalhando.
E o Fantástico passou a matéria sobre transtorno bipolar. Eu pensei, saquei, todo mundo está passando por isso em algum dia. Eu mesma sou capaz de ir do riso às lágrimas e juro que não é só meu talento artístico. São as miscelâneas da vida mesmo.
Tenho pensando muito no fim da camada de ozônio e da água no planeta, fora os maus tratos aos animais. Eu tenho medo do bicho homem. As pessoas ainda não realizaram que daqui a 30 anos ou menos não haverá água potável no planeta, nem nada que nos proteja de virarmos churrasco embaixo de um sol escaldante. A galera não sentiu o drama ainda.
Aí pronto, já me dá vontade de sair correndo e fazer alguma coisa. Acabei de descobrir que além da crueldade de matar os boizinhos, eles ainda soltam muito gás metano, ou seja, "eles fazem muito pum", e esse gás também colabora para destruir a camada de ozônio, caraca!
Os madeireiros estão acabando de desmatar o pouco que resta da Amazônia, e, enfim.
Me deu vontade de ser o homem elástico e abraçar toda a Amazônia, de ser super herói e poder libertar cada animal sofrendo, cada homem, e de poder de fato diminuir um pouco tudo isso. Pelo menos prolongar a vida do nosso belo e malfadado planeta, e consequentemente a minha vida também.
4 Comments:
E os outros? Os "sacerdotes",os "pastores, os missionários", os "bispos" todos, os "pregadores" de toda laia, que praticam as mesmíssimas e descaradas ações - usam os mesmos indefectíveis extratagemas - perfeitamente capitulados no Código Penal Brasileiro, para ludibriar carentes, infelizes? Esses outros ficarão de fora, livres, alegres, impunes e soltos - sob a leniência de nossa indiferente e mal exposta sociedade ?
JHebal
hebal@uol.com.br
Ah, com certeza. Esses foram paralisados por enquanto...mas quantos ainda estõa ganhando dinheiro?? Nem diga. É um absurdo.
Não se esqueça das exceções.
Elas existe, ainda que poucas. E são elas que fazem a gente seguir em frente.
Pq senão, seria mais válido esquecer de tudo e esperar a morte chegar.
Sei que dá vontade de querer resolver tudo, mas é impossível. Então, a devemos fazer em nosso microcosmo e pensar que ao menos, uma pequena parte, estamos fazendo.
Melhor do que não fazer nada e lamentar.
beijos, te amo, saudades...
Ah Gabi é claro. Eu sei disso e tento pensar nas coisas boas sempre.
Ah, mas, as vezes, dá um desespero.
beijos e saudades.
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