Tuesday, April 10, 2007

Trance divino!

Costumo assistir a algumas entrevistas do programa do Jô. Deixando de lado o fato de que ele sempre tenta aparecer mais que o entrevistado e etc. Fui dar uma olhada e vi que ele teve de usar sua astúcia, rs. Na entrevista de hoje (11/4/2007), o Sr. Eugênio teve de fazer milagres para conseguir tornar um literal "papo de doido" em algo aproveitável. Um dos convidados foi um pessoal da Igreja do Trance Divino. É isso mesmo.
A entrevista foi aberta ao som de trance, leia-se, rave, balada, estrobo e passinhos estrambólicos. O trance é um ritmo indiano que está sendo mixado e se transformou numa febre nas danceterias e raves. Segundo os caras, é um lance, tipo assim (sic)...milenar. Na minha época de frequentar igreja o máximo que conseguimos foi uma bateria.
E aí...que a única frase completa e concisa proferida pelos três pastores que lá estavam foi: - O trance leva a Deus - Acho que foi isso. A pastora chefe, Cuiana, mãe solteira e meio riponga, lê cartas para se sustentar, afinal igreja de trance "ainda" não fatura alto, nem tem débito automático. Os outros dois pastores que lá também se encontravam, também exercem outras atividades, um deles é DJ e funcionário público em Goiânia, o outro, o Gautana trabalha com medicina natural. Quando o naturalista ía começar a explanar sobre suas experiências com ET´s porém, ele não tinha muita certeza se viu, ouviu ou se estava sonhando. O papo acabou degringolando.
Bom, e então foi isso, ah o trance é divino, leva a Deus, e a Cuiana foi para Costa Rica e conheceu o Osho, que como se sabe tinha uma coleção de relógios de ouro ganhos de seus discípulos. O guru morreu há quinze anos...tá e daí...e aí que um cara que se tornou seu seguidor pôs um trance para tocar e concluiu que viu Deus, ou algo assim. Alguns nomens são difíceis de pronunciar e engraçados, portanto, decidi não citá-los. Rá.
Concordo que a música possa nos levar a qualquer lugar bom, inclusive a Deus, porque não? Mas, o motivo dessa igreja eu não entendi. Os caras ficam dançando e...ninguém explicou como e porquê, se existe uma filosofia ou um objetivo definido. O Jô não deu chance para os convidados. Poxa, também, eles não tinham certeza de nada, nem o porquê estavam ali. Estavam perdidões....

A melhor parte foi quando eles comentaram dos donativos. Disseram que não importa a quantia, se alguém quiser doar 10 milhões de reais, 1 milhão, ou 100 paus, a pessoa pode pagar parcelas pequenas pela vida toda. O importante é participar, é curtir o bate-estaca com amor. Não importa o quanto você dê, importa a constância. Você pode doar uma luz negra, um equipamento de som, ou uma pick-up. Só falta aparecer o bom samaritano.

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