Friday, May 04, 2007

Tele transporte

Bom, ou ruim, tudo é transitório nesta vida. Gosto de pensar assim, o que me salva de diversas intempéries de toda a sorte. Por isso, venho por meio deste post informar meu novo endereço virtual.

Este aqui continuará onde sempre esteve, aqui. Com meus posts, meus devaneios. Talvez eu leve alguns escritos para o minha nova casa. Ás vezes, um bom texto, vale a pena ser repetido.

Anote lá, linke no seu blog, ou esqueça, rs.

http://suandonaneve.wordpress.com

Não mudei o nome porque com o perdão da confiança, é muito bom. E porque não tenho mais paciência para a dificuldade técnica do blogspot. Achei o atual bem melhor de entender. Haja vista minha ignorância internética.

Eu fui.

Visitem-me.

Tuesday, April 10, 2007

Trance divino!

Costumo assistir a algumas entrevistas do programa do Jô. Deixando de lado o fato de que ele sempre tenta aparecer mais que o entrevistado e etc. Fui dar uma olhada e vi que ele teve de usar sua astúcia, rs. Na entrevista de hoje (11/4/2007), o Sr. Eugênio teve de fazer milagres para conseguir tornar um literal "papo de doido" em algo aproveitável. Um dos convidados foi um pessoal da Igreja do Trance Divino. É isso mesmo.
A entrevista foi aberta ao som de trance, leia-se, rave, balada, estrobo e passinhos estrambólicos. O trance é um ritmo indiano que está sendo mixado e se transformou numa febre nas danceterias e raves. Segundo os caras, é um lance, tipo assim (sic)...milenar. Na minha época de frequentar igreja o máximo que conseguimos foi uma bateria.
E aí...que a única frase completa e concisa proferida pelos três pastores que lá estavam foi: - O trance leva a Deus - Acho que foi isso. A pastora chefe, Cuiana, mãe solteira e meio riponga, lê cartas para se sustentar, afinal igreja de trance "ainda" não fatura alto, nem tem débito automático. Os outros dois pastores que lá também se encontravam, também exercem outras atividades, um deles é DJ e funcionário público em Goiânia, o outro, o Gautana trabalha com medicina natural. Quando o naturalista ía começar a explanar sobre suas experiências com ET´s porém, ele não tinha muita certeza se viu, ouviu ou se estava sonhando. O papo acabou degringolando.
Bom, e então foi isso, ah o trance é divino, leva a Deus, e a Cuiana foi para Costa Rica e conheceu o Osho, que como se sabe tinha uma coleção de relógios de ouro ganhos de seus discípulos. O guru morreu há quinze anos...tá e daí...e aí que um cara que se tornou seu seguidor pôs um trance para tocar e concluiu que viu Deus, ou algo assim. Alguns nomens são difíceis de pronunciar e engraçados, portanto, decidi não citá-los. Rá.
Concordo que a música possa nos levar a qualquer lugar bom, inclusive a Deus, porque não? Mas, o motivo dessa igreja eu não entendi. Os caras ficam dançando e...ninguém explicou como e porquê, se existe uma filosofia ou um objetivo definido. O Jô não deu chance para os convidados. Poxa, também, eles não tinham certeza de nada, nem o porquê estavam ali. Estavam perdidões....

A melhor parte foi quando eles comentaram dos donativos. Disseram que não importa a quantia, se alguém quiser doar 10 milhões de reais, 1 milhão, ou 100 paus, a pessoa pode pagar parcelas pequenas pela vida toda. O importante é participar, é curtir o bate-estaca com amor. Não importa o quanto você dê, importa a constância. Você pode doar uma luz negra, um equipamento de som, ou uma pick-up. Só falta aparecer o bom samaritano.

Sunday, April 08, 2007

Como arranjar palavras para explicar tanto e sempre e com tal zelo

Sempre há com o que se preocupar, sempre há tantas coisas para pensar, para fazer e para esperar que alguém faça, porque...ora diabos não dá para se fazer tudo sozinho. Infelizmente, ou não, sempre estamos ligados a alguém, a "alguéns" e portanto, esperamos algo. No entanto. É da natureza do ser humano, não tem jeito. Esperar e querer. Penso que vozes se levantarão. Bobagem, nunca espere nada de ninguém. Outra bobagem, viver em um mundo sem uma vã ligação que seja com qualquer pobre diabo é muito triste.

Talvez eu tente o budismo e aprenda a não querer, e meditando encontre melhores caminhos. E mude de idéia.

Esse papo todo de efeito estufa, e da data em que a água potável acaba no mundo, realmente me preocupa. É tão sério que ainda não terei envelhecido tanto assim, e corro o risco de morrer de sede. Caramba. Ou com minha alva pele toda detonada.

E ter filhos então? Como saber se estou condenando ele a morte ou lhe dando a vida? É além das dúvidas e dilemas normais, ainda tenho que economizar água e quiçá um dia um pouco de oxigênio. Me imaginei andando pela rua com um tanque de ar nas costas. Afe. Acho que não vai combinar com minhas sapatilhas rosas.

Bom, melhor pensar em outra coisa e pensar em se divertir ao máximo, curtir afinal. E amar, e amar e comer e viver, o quanto eu aguentar e puder controlar meu saldo negativo no banco.

É bom também pensar no vento batendo no rosto, no caminho de carro por estrada florida com cara de sul de França, algo assim. Ou a sensação (eu imagino!) de chegar a algum pico muito alto depois de uma escalada difícil, ou a taquicardia deliciosa que se sente quando se está apaixonado. Chorar de alegria, ou escolher com afinco uma roupa de parar o trânsito, sem pensar se ele vai reparar ou não, mas no fundo esperar por isso. O que vale é a expectativa, é achar que algo novo ainda pode rolar. Que sempre vai rolar. Que a vida é boa, cheia de possibilidades. Se isso se perder. Ai. Ah, outra coisa, comer bem, sem pensar se isso pode acarretar uma celulite, beber sem culpa e se permitir uma soneca depois do almoço. É bom ter a chance de ser vagabundo de vez em quando, rs. E por fim se nada der certo ao final de uma semana promissora, ter um colapso com tudo a que se tem direito, inclusive, louça quebrada, pertences espalhados pelo chão e louça a ser lavada. Comida chinesa com vinho tinto. Em vez de análise, filmes, seriados e caminhadas. Em vez de remédios, floral de Back e doses controladas e diárias de vinho, rs.

Não editar o texto de uma enxurrada de idéias iluminadas depois de um período nas trevas.














Friday, April 06, 2007

300


Nossa! Mas que filme. Eu gostei de cada minuto. Por vários motivos. O primeiro foi a atmosfera do filme, o efeito de estar vendo uma página da graphic novel, ou gibi (os entendidos que me desculpem se o nome não for esse), só que com movimento. Adoro filmes com batalha, principalmente os épicos. Mas esse, é diferente. Tem 300 tanques, de guerra e de músculos, dolorosamente esculpidos na arte da guerra, e da resistência espartanas.
Bem para falar a verdade, fiquei mais atenta ao Leônidas, rs. Desde o físico perfeito (ai lá casa!), Gerard Butler, usou sua bela e potente voz, já testada em O Fantasma da Ópera, para dar vida ao rei de Esparta, um guerreiro defensor de seu povo, orgulhoso e apaixonado pela sua rainha. Rainha esta que provou a força das mulheres na história. Força, beleza e sacrifício, em nome de seu rei. Bem...com um rei daqueles a gente até pensa.

Sem essa pataquada de sofrer junto sem fazer nada, como eram as mulheres, ou a maioria delas em se tratando de guerras. Se mirar no exemplo das mulheres de Atenas, nem pensar. Mirem-se nas espartanas. Mirem-se na chama que nunca se apaga, nem frente à morte.
Minhas impressões de lado, a película é algo que vale a pena ser visto, sem pensar em certos e errados e em mais nada. Basta se prender à uma mensagem ou outra, a uma verdade ou outra, a um tanquinho ou outro, ou à história de Mr. Miller.

ps: Adorei o Xerxes também.

Wednesday, March 28, 2007

galera! Vamos chacoalhar o esqueleto antes de entrar na faca!!! Eu acho que dançar é bem melhor do que convalecer, vamo aê! Vejam só esse vídeo, é muito bom.

http://video.google.com/videoplay?docid=-7446412767396179138&q=body+by+dance+nike&hl=en

Em breve meu novo blog no wordpress, cá entre nós, achei bem fácil do que o blogspot.

Friday, March 23, 2007

"Miseré" sem fronteiras, e riqueza para poucos


Sem os médicos não têm fronterias porque é que a miséria deveria ter? Eu preferia que sim. Preferia que tudo que abusa, que faz a pessoa, eu, você, se sentir mal, tivesse fim. Que a falta de grana para o pastel de feita tivesse fim, queria que até o papel moeda tivesse fim. O escambo me parece bem mais justo e válido. Os mascates (sem trocadilho seus bobos!), faziam seu próprio horário, eram seus próprios patrões. Tá, eles não tinham garantia de nada, AAAHHHH. E quem tem? Se você não reza a cartilha do "eu abaixo e você pisa", você nunca sabe se vai levar um pé na bunda do patrão no dia seguinte. Qualquer manifestação de esponteidade pode ser crime, ou passível de punição. Diga-se de passagem, falta de pagamento do escambo.

Não sou contra trabalho e nem contra os patrões. Sou contra a miséria e a probreza sem fronteiras, inclusive a de espírito. Ainda bem que existem as pessoas que podem empregar e fazer essa máquina toda andar. Da forma que for.

Eu cansei de reclamar da vida, acho que isso também é muito fácil. Fora a energia que se dispende em perder tempo se lamentando ou tendo pena de si mesmo. Eu estou fora do "miseré" sem fronteiras, pelo menos na parte espiritual. A pobreza que compartilho com a humanidade se limita a não ter grana. De resto, acho que ainda consigo sair no lucro.

Tenho sorte em muitas outras coisas. E quer saber? Eu ainda chego lá, erhhh, lá. Eu sei lá onde? Lá, lá, onde eu serei parte do sol....brilhando...yeah!

É sexta, fim de semana.










Monday, March 19, 2007

Minha vida

Sempre gosto muito quando ouço esse poema transformado em música e na voz da Gal Costa. E em determinados momentos ele cai como uma luva. Avida, ela é tão bonita, pra mim, particularmente se trata dela. Da minha vida.

O amor
(Caetano Veloso e Ney Costa Santos sobre poema de Vladimir Maiakovski)

Talvez
Quem sabe um dia
Por uma alameda do zoológico ela também chegará
Ela que também amava os animais
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa

Ela é tão bonita
Ela é tão bonita que na certa eles a ressuscitarão
O século trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias

Agora vamos alcançar
Tudo o que não pudemos amar na vida
Com o estelar das noites inumeráveis

Ressuscita-me
Ainda que mais não seja
Por que sou poeta
E ansiava o futuro

Ressuscita-me
Lutando contra as misérias
Do cotidiano
Ressuscita-me por isso

Ressuscita-me
Quero acabar de viver
O que me cabe, minha vida
Para que não mais existam
Amores servis

Ressuscita-me
Para que ninguém mais tenha
Que sacrificar-se
Por uma casa, um buraco

Ressuscita-me
Para que a partir de hoje
A partir de hoje
A família se transforme

E o pai
Seja pelo menos o universo
E a mãe
Seja no mínimo a terra