Bananas
Ah sim, minhas descobertas antropológicas, cada dia ficam mais apuradas. Depois de muito relutar acabei indo trabalhar numa loja de shopping. Mas peralá, pelo menos é no Iguatemi! uiii. Ah vá, sempre adorei um "shôpping", mas estar lá para olhar ou comprar é outro negócio, é claro. Geralmente, não se passa oito horas de pé, sorrindo, e devidamente maquiada e o diabo a quatro. Logo eu, que não tinha paciência nem de pensar na idéia, e estou vendendo muito bem. A princípio, o que me fez mais falta foi deixar de ir às cabines para jornalistas, ver filmes antes de todo mundo e de graça. Ah que saudade. Desde de o dia 21 de novembro, data em que comecei na loja, não vi mais nada. Afeeee. Não comentei mais sobre o Lula, sobre aquela exposição, sobre o filme ou sobre minha desilusão com a vida profissional. Eu falo de vendas e cotas, e trabalho, muito. Por incrível que pareça essa rotina massante me faz um certo bem, pelo lado físico, me cansa, e pelo lado mental, me alivia...de uma forma meio medíocre, ou...pequena, não sei. Deixo de pensar, apenas vou agindo. Trabalhando, dançando e dando bananas para o resto todo. Para toda a minha pretensa densidade, minha vontade de dar certo num mercado de trabalho cada vez mais fechado. Fico triste por um minuto. Depois, vâmbora.
É o que resta. Um passo, um gesto, um risco.
Mas como sempre vem ano novo, janeiro, e aquela papagaiada toda. Estou esperançosa sim. Conservo meu sarcasmo, meu coração ainda pulsa, tenho um doce da garganta, sou rosa, roxo, vermelho e preto. Às vezes, eu canso, como todo mundo. No outro dia, acordo, e sigo. Penso nessas pequenas desilusões como algo que necessito aprender. Como uma fase da qual me lembrarei futuramente como parte do meu carma, do meu aprendizado. Uiii que papo de véia. rsrs. Eu sou velha, hoje eu tenho cem anos, e amanhã tenho quinze, vinte e por fim "tlinta e tlês". Ah Ah Ah.
E lá vamos nós!
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