Thursday, February 22, 2007

Sad but true, baby

Eu sou cinéfila inveterada, daquelas que gosta até de filme preto e branco e mudo. Estou mais seletiva é verdade, até com meus filmes "trash do coração". Não tenho mais paciência para porcarias do tipo O Albergue, e Turistas, e sangue voando...bem, depende muito do meu estado de espírito. Ultimamente estou mais para o Freddy Krueger e o Exorcista mesmo, assombrações dessas do tipo que aparecem pra mim às 3 da manhã. Todos os dias escuto o entregador de jornal, a casa dorme, eu escuto todos os barulhos. Os meus filmes de terror são em geral mais cerebrais, mexem com os terrores reais. Os da solidão, do fracasso e das encruzilhadas da vida. Tipo Closer e tipo Leaving Las Vegas (Despedida em Las Vegas) Coisas terríveis e normais, enfim. Rs (riso sarcástico).
Ontem, assisti um filme que entrou para a minha galeria dos preferidos, é claro, que era triste, e, é claro, tinha um trilha sonora muito bizarra, pro lado bom. Enquanto alguém está na maior deprê, leia-se "merda total", uma musiquinha de circo, uma bandinha no fundo...ah muito sacado. Despedida em Las vegas, me mexeu tanto que eu nem consegui sequer chorar, é desolador, mas real. Achei muito valente da parte do cara traçar seu plano de morte. E ainda por cima conseguiu uma mulher para amar até a morte, literalmente, do jeito que ele era, leia-se podre e bêbado vinte e quatro horas por dia. Outro ponto que marcou foi a cena de sexo, a mais triste que já vi, e por isso mesmo, extremamente bem feita. Me deu vontade de levantar e aplaudir de pé, a coragem e talento de Elizabeth Shue e de Nicolas Cage. Ela se revelou como atriz para mim, eu só tinha visto a moça em filmes sem expressão dramática, e Cage consegue ser grandioso e canastra ao mesmo tempo. Sensacional.
Tive uma sensação parecida quando assisti Carne Trêmula, a gente sabe que não vai ver algo parecido tão cedo, ou quiçá nunca mais. Despedida em Las Vegas tem a cena de sexo mais triste do cinema, Carne Trêmula tem a cena mais bonita.

É impressionante como de vez em quando a gente não está muito bem, e de repente liga o rádio e ouve uma música certa, ou então, se lamenta de algo que está muito errado, e vê um filme desses. Aí sim, você percebe a real diferença o que é dar errado e o que pode dar certo.

1 Comments:

At 5:18 AM, Anonymous Anonymous said...

Estou aguardando os 300, mas antes, eu e a G vimos "Borat" e olha, demos boas risadas.

Aliás, ultimamente é mais negócio ver comédias romanticas que Dramas.. :S

Beijo

 

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