Monday, September 04, 2006

Nada se fixa, tudo está escorrendo como se fosse água da chuva que corre para qualquer lugar, imprevisível, sem controle. Era mais ou menos isso que passava pela cabeça dela. Era como se ela mesma sentisse seu corpo ir se desfazendo até se misturar no meio das moléculas de água e se perder para sempre. Cada pedaço a mil quilômetros de distância do outro, cada um em um oceano. Sentiu até um certo barato, e de tanto fixar a idéia nessa sensação podia quase não sentir mais seus pés e suas pernas. Pode parecer uma viagem de drogas ...mas quê. Não foi nada disso. Foi apenas uma mente perturbada tentando se divertir. E já eram quase 11 da manhã...em plena segunda-feira.

Ela queria apenas esquecer de quem era, foi tomada por uma preguiça absurda de existir. Apesar do dia ensolarado, das falsas expectativas e promessas furadas, venceu a vontade de permanecer em sua alcova com seus trajes de dormir e se levantou, lançou mão de todos os pensamentos positivos que podia encontrar em sua mente, e constatou um fato, ela está vazia. Tsc, tsc.


O melhor da vida deve ser não ter que esperar por nada afinal. Porque se algo acontecer e for bom, melhor. Nesse ponto eu também concordo com ela, porém primeiro preciso aprender a meditar, rsrs. Ter motivos para usar aquele terninho e aquele sapatinho de salto guardado há muito, o modelito entrevista de trabalho...parecia simples. Tsc, um dia será. Por agora, é seguir por aí. Foi nesse meio tempo entre pensamentos escorrendo junto com a água do banho que o telefone tocou. Uns trinta segundos depois...Putz. Deixa eu ajeitar meu sapatinho...

1 Comments:

At 11:49 PM, Blogger Gisa said...

eu comento! Boa tentativa, boa narrativa...rs

 

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